Um conjunto de docentes e alunos do Departamento de Engenharia Electromecânica da Universidade da Beira Interior está a desenvolver um sistema de rega inteligente capaz de detectar as quantidades de água necessária em diferentes pontos de terreno.
É um sistema completamente inovador e que pretende revolucionar as aplicações de rega até hoje conhecidas. A equipa do Departamento de Electromecânica que esteve envolvida no desenvolvimento do dispositivo “Pizo” tem agora em mãos a construção deste sistema.
Para já, Pedro Dinis, docente da UBI, adianta que esta estrutura se mostra complemente revolucionária. Trata-se “de um conjunto de sensores de medição da humidade em sistemas agrícolas. Este sistema consiste num conjunto de varas de rega que são colocadas no solo. Cada uma das varas vai ter acoplado um sensor de medição da humidade do solo que abrange a área de rega em questão”. Com base nas leituras recolhidas pelos diversos sensores, o sistema de rega distribui a água pelo terreno, em consonância com as necessidades deste. Tudo isto para, numa primeira fase “poupar água e recursos naturais, mas também energia”.
Outra das mais-valias deste novo método passa “por regar uma vasta +área segundo as suas verdadeiras necessidades”, acrescenta o docente. Nos métodos conhecidos até agora, não existe nenhum tipo de variação individual nos distribuidores de água. O que faz com que, num terreno que está a ser regado, possam existir zonas mais húmidas e com menos necessidade de água, que outras mais secas. Mas todas essas zonas vão receber a mesma quantidade de líquido.
Para já, esta investigação ainda está a meio termo. Neste momento “temos já conseguida a parte da sensorização, com um conjunto de sensores que respondem às nossas necessidades e estamos agora a acoplá-los aos micro controladores e a uma parte de comunicação sem fios”. Isto porque, toda rede de sensores funcionará através da sua ligação, por wireless, a um computador central que regista os dados, analisa-os e distribui a água pelo terreno.
Outra das grandes inovações que toda esta estrutura apresenta é também a sua fonte de energia. Os investigadores da UBI esperam conseguir tornar toda a rede de sensores, todo o sistema de rega e de comunicação, auto-suficiente, em termos energéticos. Um passo que tem na força do vento, o motor de todo o processo. Segundo Pedro Diniz, os sensores de recolha de dados e os aspersores de rega devem estar instalados em varas, ao longo do terreno. Essas varas vão ser equipadas com elementos piezo-electicos que vão aproveitar o balanço que o vento provoca nas varas para acumular energia eléctrica e alimentar todo o sistema.
Os investigadores da UBI recordam que “tudo isto são ainda assim experiências e exemplos práticos da aplicação de uma tecnologia que está condicionada pelo preço dos materiais em causa”. Contudo os docentes da UBI acreditem ser possível caminhar para uma mudança nesse panorama e tornar, no futuro, um destes protótipos em objectos comerciais.
Por Eduardo Alves, publicado em Urbi.pt
E no Noticias da Covilhã de 20 de Agosto, ler aqui.
É um sistema completamente inovador e que pretende revolucionar as aplicações de rega até hoje conhecidas. A equipa do Departamento de Electromecânica que esteve envolvida no desenvolvimento do dispositivo “Pizo” tem agora em mãos a construção deste sistema.
Para já, Pedro Dinis, docente da UBI, adianta que esta estrutura se mostra complemente revolucionária. Trata-se “de um conjunto de sensores de medição da humidade em sistemas agrícolas. Este sistema consiste num conjunto de varas de rega que são colocadas no solo. Cada uma das varas vai ter acoplado um sensor de medição da humidade do solo que abrange a área de rega em questão”. Com base nas leituras recolhidas pelos diversos sensores, o sistema de rega distribui a água pelo terreno, em consonância com as necessidades deste. Tudo isto para, numa primeira fase “poupar água e recursos naturais, mas também energia”.
Outra das mais-valias deste novo método passa “por regar uma vasta +área segundo as suas verdadeiras necessidades”, acrescenta o docente. Nos métodos conhecidos até agora, não existe nenhum tipo de variação individual nos distribuidores de água. O que faz com que, num terreno que está a ser regado, possam existir zonas mais húmidas e com menos necessidade de água, que outras mais secas. Mas todas essas zonas vão receber a mesma quantidade de líquido.
Para já, esta investigação ainda está a meio termo. Neste momento “temos já conseguida a parte da sensorização, com um conjunto de sensores que respondem às nossas necessidades e estamos agora a acoplá-los aos micro controladores e a uma parte de comunicação sem fios”. Isto porque, toda rede de sensores funcionará através da sua ligação, por wireless, a um computador central que regista os dados, analisa-os e distribui a água pelo terreno.
Outra das grandes inovações que toda esta estrutura apresenta é também a sua fonte de energia. Os investigadores da UBI esperam conseguir tornar toda a rede de sensores, todo o sistema de rega e de comunicação, auto-suficiente, em termos energéticos. Um passo que tem na força do vento, o motor de todo o processo. Segundo Pedro Diniz, os sensores de recolha de dados e os aspersores de rega devem estar instalados em varas, ao longo do terreno. Essas varas vão ser equipadas com elementos piezo-electicos que vão aproveitar o balanço que o vento provoca nas varas para acumular energia eléctrica e alimentar todo o sistema.
Os investigadores da UBI recordam que “tudo isto são ainda assim experiências e exemplos práticos da aplicação de uma tecnologia que está condicionada pelo preço dos materiais em causa”. Contudo os docentes da UBI acreditem ser possível caminhar para uma mudança nesse panorama e tornar, no futuro, um destes protótipos em objectos comerciais.
Por Eduardo Alves, publicado em Urbi.pt
E no Noticias da Covilhã de 20 de Agosto, ler aqui.